domingo, 7 de dezembro de 2014

SUS poderá oferecer tratamento multidisciplinar para fibromialgia

 



Erika Kokay
Sefot
Erika Kokay: "Especialistas recomendam atenção multiprofissional para o tratamento da síndrome."
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6858/13, da deputada Erika Kokay (PT-DF), que obriga o SUS a oferecer tratamento para pessoas com síndrome de fibromialgia ou fadiga crônica. A proposta garante ao paciente atendimento multidisciplinar (médicos, psicólogos, nutrição e fisioterapia), acesso a exames, assistência farmacêutica e outras terapias.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais frequentes. O principal sintoma é a dor difusa e crônica nos músculos e ossos, mas a pessoa pode apresentar ainda fadiga, distúrbios do sono, rigidez matinal e paralisia de extremidades, entre outros.
“Especialistas recomendam atenção multiprofissional para o tratamento da síndrome”, diz a deputada, que participou de audiência pública sobre o tema na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara sobre o tema, no ano passado.
Tramitação
O projeto será analisado de forma conclusiva pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Daniella Cronemberger

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Adolescente sofre reação a medicamento contra epilepsia no dia de seu aniversário e tem pele queimada de dentro pra fora

Uma adolescente australiana de 19 anos quase morreu no dia de seu aniversário, depois de sofrer uma reação tóxica a seu medicamento de epilepsia.
A pele de Danika Heron começou a queimar de dentro para fora, depois de o novo medicamento para epilepsia prescrito desencadeou uma doença extremamente rara.
Ela foi atingida pela síndrome de Stevens Johnson (SJS) e TENS - Síndrome de Necrólise Epidérmica Tóxica - o que causou graves queimaduras em seus órgãos e pele. A reação fez metade de seu corpo queimar, borbulhar, crias escoriações e queda de pele. Seus lábios incharam tanto que estouraram.
A garota, de New South Wales, na Austrália, foi diagnosticada com epilepsia quando tinha 18 anos. Pouco antes de seu 19º aniversário, foram prescritos a ela os remédios Lamictal e Keppra. A intenção era que, combinados, prevenissem as crises e controlassem as convulsões.
Ela estava tomando os medicamentos diariamente, até que começou a notar que seus olhos e lábios estavam inchados. Em seguida, uma pequena erupção apareceu em seu peito, que rapidamente se espalhou ao longo de todo o seu corpo. Ela foi para um hospital em Sydney, onde os médicos inicialmente diagnosticaram erroneamente sua condição como herpes e mandaram-na de volta para casa.
Ao longo de um período de quatro dias, os sintomas de Heron ficaram progressivamente piores e sua mãe, Carmen Heron, de 43 anos, a levou para outro hospital em New South Wales. Lá, ela foi diagnosticada com sarampo e catapora antes dos testes revelarem que ela tinha SJS e TENS. Assim que descobertas, ela foi levada às pressas para um hospital, em Sydney, para realizar o tratamento.
Estas condições fazem com que grandes áreas da pele descasquem, bem como favorecem a formação de bolhas nas mucosas do corpo, principalmente na boca, olhos e vagina. Se não tratada, pode causar cegueira permanente, danos nos pulmões e morte.
Embora raras, SJS e TENS têm sido relatadas como efeitos colaterais dos medicamentos Lamictal e Keppra, as duas drogas receitadas.
Sua condição era tão grave que até os médicos tinham receio de tocá-la.
A adolescente passou quase um mês no hospital, com todo o seu corpo empolado, a boca permaneceu fechada e ela perdeu a camada superior de sua pele no rosto, peito, costas e braços.
Ela lutou para respirar e teve de ser alimentada através de um tubo. A condição devastou seu corpo, queimando-a de dentro para fora. Diariamente, era comum que ela vomitasse sangue e pele que havia se soltado das mucosas internas do corpo.
Heron passou um total de três semanas e meia no hospital lutando para não morrer. Ela disse que grande parte do seu tempo no hospital foi apagado de sua mente, mas é grata por ter conseguido escapar da morte, e está ansiosa para voltar ao normal. “Eu não me lembro muito sobre a primeira semana, eu só lembro que eu estava com muita dor, parecia que eu estava em chamas. Depois que saí do hospital meu cabelo começou a cair e as unhas dos meus dedos das mãos e dos pés também”, disse.
"Eu acho que é preciso aumentar a conscientização sobre SJS e TENS, é necessário que haja mais pesquisas sobre a doença e mais treinamento para o tratamento em hospitais, pois é tão raro que aconteça, que não é fácil de diagnosticar. Eu não desejo que ninguém passe por esta condição, por isso acho que devemos fazer de tudo para ajudar”, finalizou a garota.