domingo, 28 de abril de 2013

Assistente Sexual




Lendo alguns artigos na internet comecei a ver um vídeo sobre assistente sexual. No começo achei que fossem casados, mas no decorrer do vídeo comecei a achar que era uma profissional do sexo (garota de programa), mas era uma assistente sexual, algo muito comum nos Estados Unidos, Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca. Aqui no Brasil não ouvi falar ainda, mas se eu descobrir algo coloco aqui, com certeza!

Eles são enfermeiros, massagistas, terapeutas ou artistas. Têm entre 35 e 55 anos e foram formados para responder às necessidades sexuais de pessoas sofrendo de uma deficiência física. Uma tarefa delicada, sobretudo pelo fato de a sexualidade de pessoas com deficiência ser geralmente rejeitada pela sociedade e alvo de fortes preconceitos.

Da massagem erótica às carícias, até o strip-tease ou masturbação: o leque proposto é extenso e responde simplesmente às necessidades de uma intimidade geralmente reprimida e mesmo estigmatizada. "Cada assistente oferece com empatia e respeito um pouco de ternura contra uma remuneração que vai de 150 a 200 francos por hora", relata Catherine Agthe Diserens. 

"Por vezes, o trabalho é simplesmente descobrir o prazer de reencontrar uma funcionalidade perdida após um acidente, enquanto que, em outras circunstâncias, a relação pode ir até uma relação oral ou a penetração."

Um trabalho difícil

Ao contrário da prostituição, o acompanhamento sexual de deficientes só pode ser iniciado após um trabalho pontual de educação, orientado pelo respeito ao outro, pela ética e a escuta. "Os assistentes sexuais devem ser pessoas equilibradas, conscientes da sua própria sexualidade e não sentir desconforto com a deficiência. Além disso, eles devem manter outro trabalho a tempo parcial. Também é preciso informar os próximos da sua escolha profissional", detalha Dieserens.

"É uma experiência transtornadora. Colocamos tudo em questão: nossas idéias, nossa relação com o corpo e outros", revelava Jacques, um assistente sexual que acaba de receber seu diploma, durante uma entrevista à rádio.

Casado, pais de três crianças, Jacques relata que sua esposa apoiou sua decisão com naturalidade, sobretudo devido aos limites fixados por ele próprio desde o início: "Me dedico ao corpo, à pele, aos órgãos dessas pessoas. Não posso lhes negar massagens, carícias íntimas, mas não chego à penetração. O beijo – e o resto – está reservado a uma só pessoa bem determinada na minha vida."

A formação dura 18 dias, distribuídos por um ano, e acrescida de uma dezena de horas de trabalho em casa. Os custos chegam a 4.200 francos, o que mostra a motivação dos que escolhem o caminho.

Apesar do reconhecimento de muitos, a formação continua sendo difícil de explicar à família e até mesmo a si próprio. O fato de que, de um ponto de vista legal, o trabalho de assistente sexual seja assimilado à prostituição e esteja impregnado de uma conotação negativa não facilitam.

Mas para Aiha Zemp, esses profissionais estão apenas levantando o véu de um universo oculto, feito de desejos rejeitados e perturbações afetivas. Um mundo que deve ser abordado com um olhar diferente, ao se tratar de deficientes físicos. Uma diferença que tem um grande valor para aqueles que, como Jacques, conseguem transpor a deficiência e os temores que muitas vezes ela inspira para começar a escutar a necessidade íntima de ternura.
Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/reportagens/Direito_a_sexualidade,_apesar_da_deficiencia.html?cid=888436

Muitos deficientes e familiares dos mesmo, ficam furiosos quando se deparam com um post desses, achando ridículo!Mas tem muitos deficientes que não conseguem ter um relacionamento por causa de suas famílias  que ficam protegendo de tudo e de todos e esquecem que existe uma pessoa ali, capaz de sentir e de amar! E o que lhes restam, procurar alguém, nem que seja pagando!

Vejam um vídeo de uma assistente sexual, a forma que ela dá atenção para ele é muito bacana.


Especialistas destacam importância do acesso a informação em espaços culturais


SÃO PAULO - Especialistas em acessibilidade e ONGs que atuam com portadores de necessidades especiais ouvidos pelo Estado destacam os avanços alcançados em acessibilidade nos espaços culturais de São Paulo, mas defendem a realização de mais iniciativas voltadas ao acesso à informação.
Para Carla Mauch, coordenadora técnica da Mais Diferenças, organização da sociedade civil de interesse público com atuação em educação e cultura inclusivas, as políticas públicas de acessibilidade cultural são muito focadas nos aspectos arquitetônicos. "Pensar em acessibilidade cultural também é pensar em possibilidades diferentes de fruição da cultura para todos os públicos", afirma.
Levantamento realizado pelo Estado nas dez unidades da rede estadual aponta que apenas a Pinacoteca, o Museu do Futebol e o Museu da Casa Brasileira possuem um conjunto de materiais complementares para auxiliar pessoas com deficiências mentais, visuais, auditivas e físicas na compreensão das obras de arte exibidas.
Entre os elementos que deveriam ser incorporados nas exposições dos museus como recursos de acessibilidade, Carla cita dispositivos digitais como audioguias e videoguias, materiais em Braille, além de profissionais capacitados para fazer audiodescrições das obras ou visitas guiadas através da língua brasileira de sinais (LIBRAS). "Sem desrespeitar as questões museológicas, precisamos pensar como pessoas que não têm acesso direto à informação podem ter outras releituras", completa.
Andrea Passarelli, presidente da ONG Transformar, defende a importância da identificação das especificidades de cada deficiência. "Cada um tem as suas necessidades, sejam pessoas com deficiência ou não", comenta. Atendendo a grupos com disfunção neuro motora, a ONG Transformar já promoveu visitas à Pinacoteca, Museu Afro Brasil e Itaú Cultural, entre outros espaços culturais da capital paulista. "A paralisia cerebral é uma disfunção neuro motora e não intelectual, portanto devem ser respeitadas suas necessidades, seu ritmo, sua maneira de comunicação e buscar a melhor maneira de integração", afirma.
Autonomia - Além das visitas guiadas e dos orientadores habilitados, Viviane Sarraf, especialista em acessibilidade cultural e fundadora da Rede de Informação de Acessibilidade em Museus (Rinam), alerta que os museus devem oferecer ferramentas para que o portador de necessidades especiais possa fazer a sua visita de forma independente.
"Os recursos que promovem a autonomia, como audioguias e videoguias em LIBRAS, são fundamentais para garantir o direito de opção da pessoa e para garantir a sustentabilidade da acessibilidade no modus operandi do espaço cultural", pontua. Nos museus visitados pela reportagem, a recomendação é que o portador de deficiência auditiva faça o agendamento prévio da visita. De modo geral, as instituições dispõem apenas de um educador habilitado em LIBRAS em suas equipes educativas, por exemplo. "Para atender a essa demanda de público diverso é preciso ter uma mudança de entendimento de que a comunicação cultural não precisa ser restritiva a uma capacidade somente visual e intelectiva", analisa.
Breno Pires e Danielle Villela
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo