quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Compreender e exercitar a Alteridade


Curitiba de sotaques diversos, do polonês, ucraniano ,alemão, português, italiano, do nordestino ao sulino ,do pé vermelho ao nativo panaguara, intenso sentimento  de pertencimento á terra, da arquitetura que  traduz o novo e o velho,  passado e presente juntos num mesmo espaço geográfico, com possibilidades futuristas ,pessoas de hábitos diferentes vivendo no mesmo território.
Aqui não reflete apenas o cinza dos dias frios com neblina,  nos rostos curitibanos  de suas inúmeras etnias esta o encontro de misturas de raças, credos e religiões diversas. Cores que não traduzem em jardins, praças, parques, mas que motiva o cidadão curitibano a mostrar a sua arte pela música, pela dança, através do teatro, nos cafés culturais, livrarias, redes sociais, eventos , festivais ao longo decorrer do ano.
Curitiba, ora movimento, impulsividade, ora calmaria, silêncio entrecortado pelo canto de uma sábia que insiste no seu piar ou aquele João  de Barro em qualquer canto de uma das várias ruas arborizadas. Aquele  que acorda cedo para trabalhar ou aquele que na madrugada começa o seu trabalho ,rotinas diferentes que levam ao único objetivo: O VIVER!
Como não exercitar aqui o senso de Alteridade para com toda essa diversidade étnica, religiosa, de gênero, cultura ou mesmo a diversidade das pessoas deficientes que aqui circundam, trabalham, estudam, pensam, divertem e sonham como quaisquer outras que aqui vivem.
Somos curitibanos, não genuínos!    Em pouco tempo a vida nos tornou com sentimento de pertencimento á essa cidade e com ela a responsabilidade social do nosso universo religioso pluralista. Uma responsabilidade que requer que compreendamos , tenhamos a capacidade mais complexa de exercitar a Alteridade que segundo  Elisabeth Jelin - Cidadania e Alteridade: o reconhecimento da pluralidade “Alteridade seria, portanto, a capacidade de conviver com o diferente, de se proporcionar um olhar interior a partir das diferenças. Significa que eu reconheço “o outro” também como sujeito de iguais direitos, É exatamente essa constatação das diferenças que gera a alteridade.”

Matheus Kreling e Eliane Clara Pepino

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