segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cadeira de rodas pode ser comandada com piscar de olhos

Ao contrário das cadeiras comuns, que só resolvem o problema da mobilidade, kit promove inclusão digital e aprendizagem. Foto: Shutterstock

o contrário das cadeiras comuns, que só resolvem o problema da mobilidade, kit promove inclusão digital e aprendizagem
Foto: Shutterstock
Uma pesquisa desenvolvida no Rio Grande do Sul pretende colocar no mercado kits de inclusão que permitem que pessoas com paralisia nos membros superiores e inferiores controlem um laptop com movimentos da cabeça, dos olhos e da boca. O Kit de Inclusão Digital para Lesões Cerebrais Severas é acoplado a uma cadeira de rodas e ajuda quem tem deficiências cognitivas a utilizar o computador para acessar a internet e realizar atividades em programas educativos.

As cadeiras de rodas comuns para tetraplegia, segundo o professor e sociólogo Gilson Lima, que coordenou a pesquisa, suprem apenas o déficit de mobilidade. O kit, por sua vez, agrega um notebook com um software que faz uma leitura do rosto do usuário e passa a detectar seus movimentos. Para guiar o mouse, por exemplo, basta mover a cabeça de um lado para outro. Os cliques podem ser comandados com os olhos, com a boca ou com a fixação do olhar por três segundos em determinado ponto da tela. As alternativas são disponibilizadas justamente para atender a diferentes tipos de dificuldades. "Cada pessoa cria um perfil de interação entre o robô e o comando do usuário", detalha Lima.

Para desenvolver a tecnologia, foi realizado um estudo de caso com a estudante Fernanda Xavier, 18 anos, que nasceu com paralisia cerebral. O pesquisador relata que a menina, devido à severidade da lesão, tem dificuldades com a parte motora da fala, além da limitação dos movimentos. A partir de uma série de exames, detectou-se as áreas lesionadas, diagnóstico que serviu de base para a projeção do software. "Os exames de caso são bastante universalizáveis. Os mais graves dão acesso a uma série de situações mais leves", destaca Lima. Para o pesquisador, a utilização do kit é bastante positiva e deve ter um potencial ainda maior em pessoas com paralisia dos membros, mas que não tenham as funções cognitivas afetadas.

Kit proporciona autonomia aos usuários
Ao comandar o laptop adaptado, o usuário tem acesso a diversas ferramentas, como programas de aprendizagem e sites como o YouTube, para assistir a vídeos online. "Inclusive tem um programa que treina para ser piloto de tela", enumera Lima. Também existe a possibilidade de fazer ligações e de digitar em um teclado virtual, o que pode ser útil na alfabetização e na comunicação. "A partir da tecnologia, ganha-se uma vida com autonomia", descreve o pesquisador. O pesquisador ressalta que o projeto deu prioridade a softwares livres, para reduzir custos e proporcionar maior número de atividades disponíveis.

Para dar autonomia de funcionamento ao aparelho, o kit prevê a inclusão de dois circuitos. Um deles, acoplado na parte inferior da cadeira, garante carga de energia suficiente para 16 horas em alto uso, podendo chegar a dois dias em nível médio de uso. O segundo circuito monitora o nível de carga, avisando quando for preciso recarregar - a operação não dura mais do que seis horas para abastecer totalmente.

Com o kit, a cadeira funciona quase como uma classe, uma vez que é adaptada ao usuário, e possui mecanismos que ajudam a corrigir a postura. Assim, o estudante pode ir à sala de aula ou ao pátio da escola tranquilamente, sem a necessidade de se conectar por fios para utilizar o laptop. Para Lima, trata-se de um sistema de inclusão que promove uma simbiose, sem necessidade de acoplamento cirúrgico. "É uma uma cooperação entre tecnologia e corpo", frisa. O projeto, aprovado pelo CNPq em dezembro de 2011 e trabalhado ao longo deste ano - em parceria com a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e com a empresa Ortobras, fabricante da cadeira de rodas -, deve chegar ao mercado em 2013. A estimativa é de que o custo do kit seja entre R$ 3 mil e R$ 5 mil - desconsiderando o valor da cadeira.
fonte:http://tecnologia.terra.com.br/inovacoes-tecnologicas/noticias/0,,OI6395194-EI20546,00-Cadeira+de+rodas+pode+ser+comandada+com+piscar+de+olhos.html

Cultura, Lazer e Turismo Acessível - GRUTA DOS ANJOS




As pessoas com deficiência podem acessar ao interior da gruta com a cadeira de rodas por áreas planas e de fácil acesso, assim como, a pousada local.
No dia 3 de junho, a equipe do “Jornal Inclusão Brasil” esteve visitando a Gruta dos Anjos, na cidade de Socorro para uma avaliação da acessibilidade local voltada à visitação as pessoas com deficiências.
A Gruta do Anjo, situada numa propriedade particular (Pousada da Gruta),
está localizada na Estrada Socorro/Munhoz, km 1, a 2 km do centro da cidade.
Proveniente de uma antiga mineração, iniciada no ano de 1960, é conseqüência da extração mineral de quartzo, feldspato e granito. Em 1995, a mineração foi desativada formando, devido às nascentes existentes, uma piscina de água mineral com profundidade de até de quatro metros em alguns pontos e temperatura média de 10°C.
Sua entrada tem aproximadamente 42 m de altura e 3 m de largura; seu desenvolvimento linear e sua largura, aproximadamente, 70 e 20 metros, respectivamente.
Visitação
A presente visita possibilitou a análise dos seguintes aspectos: acesso ao local, acessibilidade nas trilhas, acessibilidade às dependências (acomodações, restaurantes, recepções, sanitários, cozinhas, lavanderias, entre outros), potencialidade de visitação e aproveitamento turístico da gruta as pessoas com deficiência que fazem uso de cadeira de rodas.
O acesso à localidade é realizado por estrada asfaltada.
A Pousada da Gruta está apta a receber pessoas com deficiência uma vez que possui estrutura adequada e amplo estacionamento.
O caminho até a entrada da cavidade é curto (aproximadamente 50 m). A trilha de acesso é plana e regular, coberta por cascalho, com gramíneas e matações espalhados em suas bordas.
Existem pequenos trechos asfaltados, próximos à entrada, que facilitam o deslocamento.
A gruta possui um lago central, ladeado por dois salões.
O terreno da cavidade é plano, formado por solo argiloso bem compactado, com areia presente em alguns trechos, o que facilita a visita.
Todo o desenvolvimento da cavidade encontra-se sob penumbra e nos salões há iluminação artificial móvel (lanternas em tripés).
Existe no salão do lado direito, o mais extenso, um ancoradouro
com três rampas para pedalinhos e correntes de proteção em alguns trechos.
As rampas do ancoradouro são estreitas e não permitem o acesso aos pedalinhos com a cadeira de rodas. Para as pessoas com deficiência usufruir dessa atividade é preciso que seja carregado até eles.
A visita é realizada com auxílio de monitores locais, sendo que, no local, existem monitores com experiência e formação em atividades com pessoas com deficiências.


fonte:https://www.facebook.com/inclusaobrasil

Cachorro cego tem gata como guia


  
 
  
Cachorro cego tem gata como guia (Reprodução/The Sun
Cachorro cego tem gata como guia
Depois de ser diagnosticado com cataratas, o cachorrinho de Terfel, de oito anos, passou a viver praticamente sem se movimentar, apenas dentro de uma cesta, já que esbarrava em tudo ao caminhar. No entanto, sua vida mudou quando ele conseguiu uma amiguinha que serve de “guia”. Trata-se de uma gata vira-lata adotada, recentemente, pela dona do cão.

A gata chamada Pwditat fez amizade com Terfel instantaneamente. Simplesmente foi até o cesto onde o cachorro ficava, o fez sair e passear no jardim. Segundo Judy Godfrey-Brown, dona dos animais, foi algo inesperado e impressionante. 

“Eu nunca vi nada disso. A maioria dos cães e gatos se odeiam, mas Pwditat imediatamente parecia saber que Terfel é cego. Ela usa suas patas para guia-lo. Eles estão grudados agora e não se separam nem para dormir”, contou a aposentada ao “The Sun”.

Os dois companheirinhos vivem em Holyhead, North Wales, no Reino Unido.
fonte:http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/inacreditavel/2012/12/28/316276-cachorro-cego-tem-gata-como-guia

Cadeirante morre após bater em muro durante a prova da São Silvestre


Folha de São Paulo

O cadeirante Israel Cruz morreu nesta manhã após sofrer um acidente durante a 88ª São Silvestre.
Segundo comunicado divulgado pelos organizadores da prova, Israel perdeu o controle de sua cadeira em uma descida e se chocou contra o muro do estádio do Pacaembu.
Após o primeiro atendimento pela equipe médica do evento, o atleta foi encaminhado para a Santa Casa de São Paulo.
Mesmo tendo chegado consciente ao local, ele não resistiu aos graves ferimentos e faleceu.
EJA O COMUNICADO
“O Comitê Organizador da 88ª Corrida Internacional de São Silvestre comunica o falecimento do atleta Israel Cruz Jackson de Barros, inscrito na categoria Cadeirante masculino. O fato ocorreu em razão de um acidente durante a prova realizada na manhã desta segunda-feira, em que o atleta se chocou contra o muro do Estádio do Pacaembu.
O atleta, segundo outros participantes, teria perdido o controle de sua cadeira na descida sofrendo uma queda muito forte. Prontamente atendido pela equipe médica do evento, que estava próximo ao local, Israel foi depois levado à Santa Casa de São Paulo ainda consciente, às 7h35, foi atendido pela equipe do hospital, mas, infelizmente, não resistiu em razão da gravidade dos ferimentos e faleceu às 8h50.
O atleta estava devidamente inscrito na prova, obedecendo os critérios de seleção do evento cujas inscrições foram feitas pela Fundação Cásper Libero e supervisionadas pela organização técnica do evento e pela ADD – Associação Desportiva para Deficientes.
O Comitê Organizador está acompanhando o caso juntamente com a ADD para atendimento à família do competidor, uma vez que o mesmo não residia na Capital”.

http://www.blogdajoice.com/2012/12/cadeirante-morre-apos-bater-em-muro-durante-a-prova-da-sao-silvestre/


Paraplégico, médico quer operar de pé

Baleado em assalto, o ortopedista Lídio Toledo Filho passou a operar da cadeira de rodas; após recuperar movimentos das pernas, ele traça meta.

Redação Bem Paraná com Estadao.com


O ortopedista Lídio Toledo Filho, de 38 anos, prepara-se para voltar a operar em 2013. Em pé. Não seria nenhum feito, não fosse o médico paraplégico. Há cinco anos, ele seguia para uma festa de réveillon quando dois adolescentes, numa motocicleta, fizeram sinal para que parasse o carro. Não obedeceu. Foi atingido por três tiros - um no maxilar, outro no antebraço esquerdo e o terceiro "transfixou o pulmão e o diafragma, explodiu o baço e se alojou na vértebra T7", nas palavras do próprio médico.Segundo dos três filhos do ortopedista Lídio Toledo, médico da seleção brasileira por seis Copas do Mundo, Lídio Filho se preparava para assumir a clínica fundada pelo pai quando sofreu a lesão. Acordou 19 dias depois no CTI do Hospital Samaritano, onde ficaria ainda por mais um mês.
Ao todo, foram 82 dias de internação. "Se existe algum purgatório na Terra, eu passei por ele", resume.
Ao acordar, não sentiu as pernas. Sabia, por experiência médica, que estava paraplégico. Ainda assim, o primeiro pensamento foi sobre quando poderia voltar a trabalhar. Recebeu apoio da família - até mesmo da mulher, a pedagoga Maria Silene Trajano, também ferida no assalto. "Como homem, minha autoestima estava no pé. O fato de ela não ter me abandonado foi muito importante para mim." O irmão caçula, o ortopedista Luiz Fernando, dedicou-se aos cuidados com o médico. "Ele abdicou de um ano da vida dele como médico, até adiando a residência, para ficar ao meu lado."
O médico tinha um objetivo: voltar a operar. Seguiu para a fisioterapia no Sarah Brasília, mas não se adaptou. Concluiu o tratamento na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, na zona sul do Rio. Em 28 de agosto de 2008, oito meses após o assalto, voltou a clinicar. "Pedi divórcio do teto", brinca.Intensificou a terapia ocupacional e a musculação para recuperar o movimento da mão esquerda - o nervo interósseo anterior havia sido afetado pelo tiro. Fez a primeira cirurgia em 15 de novembro de 2008. Especialista em joelho, ele já operava sentado. A diferença é que agora o centro cirúrgico tem uma cadeira de rodas totalmente esterilizada, que não circula por nenhum outro lugar.
Na primeira operação, o médico foi acompanhado por outro especialista, para o caso de algo dar errado. Não foi necessário. "Nunca tive nenhum problema, nenhuma cirurgia teve infecção. Opero até melhor do que antes da lesão", afirma o médico, que disse ficar tão concentrado que "até esquece" que é paraplégico.A recuperação devolveu a alegria a Lídio Toledo, que morreu em maio de 2011, em decorrência de problemas cardíacos e insuficiência renal. Ele acompanhava as cirurgias do filho. Chegaram a operar os quatro juntos - o pai e seus três filhos ortopedistas, Lúcio, Lídio Filho e Luiz Fernando.
Mas Lídio Filho não estava satisfeito. Aposentado por invalidez pelo serviço público - não pode trabalhar nas emergências, em que as cirurgias são mais complexas -, ele quer operar em pé. Acreditava que voltaria às grandes emergências com ajuda de uma órtese que o ajudasse a ficar de pé. Hoje, tem esperança de retornar sem nenhum suporte.Em outubro passado, voltou a sentir a coxa direita. Três dias depois, a sensação se estendia até o joelho esquerdo. Em 10 dias, os músculos da perna se contraíam. Ele também recuperou a sensibilidade no órgão sexual. "Quatro anos e nove meses depois, praticamente sem fazer nenhum tratamento, tudo isso aconteceu. Se Deus quer que eu ande, quem sou eu para desobedecer?"
Lídio Filho intensificou a fisioterapia. Faz quatro sessões semanais, além de hidroterapia e musculação. Já levou bronca porque os músculos dos braços e do tronco estão flácidos. Precisa de força para ganhar o controle do tronco. "Não foi minha lesão que me deu uma lição. Mas a minha recuperação. A minha missão é cuidar bem dos pacientes, tratar direito", afirma o médico, que pretende se "desaposentar" do serviço público. "Vou voltar às emergências", diz, confiante.
http://www.bemparana.com.br/noticia/241677/paraplegico-medico-quer-operar-de-pe