quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lei criada em 1991 ajudou a democratizar o acesso de pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. Mas elas podem muito mais


O mercado de trabalho para pessoas com deficiência nunca esteve tão aquecido. Tanto que muitas empresas com 100 ou mais funcionários têm encontrado dificuldades para preencher as cotas da lei que determina a reserva de vagas para deficientes. Mas, a despeito da necessidade pura e simples de preencher vagas, muitos deficientes vêm conquistando espaços importantes nas empresas e construindo carreira a custa de qualificação e competência.
Embora a lei tenha sido criada em 1991, a mudança que democratizou o mercado de trabalho para deficientes começou no ano de 2.000, com a regulamentação do texto, que obrigou as empresas reservarem de 2% a 5% de vagas conforme o número de funcionários. “Desde então, aquelas que contratam com o único propósito de cumprir a lei têm obtido poucos resultados”, explica Carolina Ignarra, diretora da Talento Incluir, consultoria especializada na inclusão Pessoas com Deficiência (PCD) no mercado de trabalho. Por outro lado, as empresas que entenderam o objetivo de transformação social da lei estão contribuindo para desenvolver esses profissionais.
Cadeirante há 11 anos, Carolina tinha acabado de se formar em Educação Física quando sofreu um acidente. “Voltar ao trabalho foi essencial, porque me mostrou que eu podia fazer tudo”.
Trabalhando há quatro anos com inclusão de PCDs, ela diz que a capacitação dessas pessoas é fundamental, mas não basta. “Muita gente acha que pode entregar menos, justamente por causa da deficiência. Isso é um equívoco para quem almeja construir uma carreira”.
As empresas podem abrir oportunidades iguais e oferecer as condições necessárias, mas não podem assumir a responsabilidade que é da pessoa com deficiência.” - André Cordeiro da Silva, analista de estudos econômicos da Renault do Brasil
As empresas podem abrir oportunidades iguais e oferecer as condições necessárias, mas não podem assumir a responsabilidade que é da pessoa com deficiência.” – André Cordeiro da Silva, analista de estudos econômicos da Renault do Brasil
O curitibano André Cordeiro da Silva sempre rejeitou a acomodação e sua postura o levou longe. Ele nasceu sem a perna direita do joelho para baixo, mas sempre foi tratado como uma criança absolutamente normal pela família. “Isso moldou a minha vida profissional”. Ignorando a limitação, ele se formou na área de informática, fez MBA em Gestão de Projetos, adquiriu fluência em francês e espanhol e hoje é analista de estudos econômicos da Renault do Brasil. “As empresas podem abrir oportunidades iguais e oferecer as condições necessárias, mas não podem assumir a responsabilidade que é da pessoa com deficiência”.
Para a gerente de recrutamento, seleção e projetos da GD9 Assessoria em RH, Josimeiry Gonçalves Mattos, as empresas que se preocuparam primeiro com a inclusão de PCDs estão mais maduras e buscam pessoas qualificadas independentemente das suas limitações. Nessas empresas é que estão as melhores oportunidades.
Formada em Ciências Aeronáuticas com pós-graduação em Marketing, Larissa Magna Bosco, de 27 anos, tem uma má formação na mão esquerda. Aos 19 anos, com a ajuda da Lei de Cotas ela entrou no Itaú. Começou como agente comercial e depois trabalhou como assistente de gerente, gerente de contas e agora é gerente Uniclass, para clientes com alto rendimento. Há oito anos no banco, sempre teve as mesmas possibilidade de crescimento dos demais colegas, com direito a broncas e cumprimento de metas. “Nunca me coloquei na posição de vítima e sempre soube aonde queria chegar”, diz ela.
Larissa faz parte de um grupo de 4.115 PCDs que trabalham nas agências do Itaú Unibanco em todo o Brasil. Segundo a superintendente de Atração, Seleção, Integração e Diversidade do banco, Marcele Correia, serão ofertadas mil bolsas de graduação para os PCDs que já trabalham no banco no próximo ano.
O curitibano Claudio Tavares nasceu sem a mão direita. Formado em Sistemas de Informação e com MBA em Banco de Dados, ele decidiu usar a sua qualificação e experiência para criar o site Deficiente Online para facilitar o acesso de outras pessoas com deficiência ao mercado de trabalho.
O curitibano Claudio Tavares nasceu sem a mão direita. Formado em Sistemas de Informação e com MBA em Banco de Dados, ele decidiu usar a sua qualificação e experiência para criar o site Deficiente Online para facilitar o acesso de outras pessoas com deficiência ao mercado de trabalho.
REFERÊNCIA
Uma ponte on-line entre empresas e pessoas com deficiência
Um site idealizado por um casal de Curitiba virou referência em oportunidades de emprego para pessoas com deficiência em todo o Brasil. O DEFICIENTE ONLINE entrou no ar em 2007, depois que Kelli e Cláudio Tavares decidiram centralizar informações e vagas de emprego para PCDs. A ideia não surgiu por acaso. Cláudio nasceu sem a mão direita e, apesar da deficiência de grau leve, enfrentou dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e construir uma carreira. Isso o motivou a ajudar pessoas na mesma situação. “Nossos amigos tinham muita dificuldade para ingressar no mercado de trabalho. Nos procuravam em busca de orientação e nos traziam o currículo para arrumar. Criamos o site para tentar suprir essa carência”, afirma Kelli.
Hoje, o site tem 27.711 candidatos cadastrados e 2.453 vagas disponíveis. A maioria dos candidatos inscritos têm ensino médio completo e curso de informática. Além disso, 34% dos cadastros são de PCDs que já concluíram a graduação ou estão cursando a universidade. “No Rio de Janeiro, por exemplo, existem até vagas para médicos e dentistas”, conta Kelli. Outra área que vem recrutando um grande número de profissionais com deficiência é a de Tecnologia da Informação. Embora em menor proporção que no Rio de Janeiro e em São Paulo, Curitiba também oferece vagas com maior qualificação para PCDs. Desde que foi criado, há cinco anos, mais de 758 empresas já recorreram ao site, 90% delas são de outros estados. “Nós incentivamos as empresas a disponibilizar vagas com maior remuneração e escolaridade e isso tem funcionado bem”, comemora Tavares.

Cadeira de rodas e as Acessibilidade nas escolas

Uma amostra. Imagina como os lugares são inacessíveis!  Precisamos mudar primeiro a acessibilidade atitudinal e consequente os ambientes físicos!!!

Britânico recebe mão biônica do serviço público de saúde


Foto: BBC
A mão biônica foi a primeira financiada pelo governo no país
Um homem de Hull, na Inglaterra, tornou-se a primeira pessoa na Grã-Bretanha a ser equipada com uma mão biônica paga pelo sistema de saúde pública.
Mike Swainger perdeu um braço e uma perna depois de ser atropelado por um trem quando tinha 13 anos de idade.
Vinte anos depois e ele diz ter uma nova chance de desfrutar a vida com sua mão a pilhas.
Ele se ofereceu para ser cobaia em uma empresa que desenvolvia o produto.

18 A Turma da Mônica, em Acessibilidade!


Discriminação Étnica(1ºParte) Mauricio & Turma da Mônica


Discriminação Étnica(2ºParte) Mauricio & Turma da Mônica


Prédios públicos sem acessibilidade terão aprovação de contas comprometida


Rampas de acesso regulares, piso tátil e atendentes que se comuniquem em Libras são algumas das adaptações que o órgão irá exigir das entidades públicas


Para cadeirantes e usuários de muletas, um pequeno degrau pode ser a barreira que sinaliza o fim de um caminho (Foto: Foto ilustrativa/Diário de Guarapuava)
Aprovação das contas de órgãos públicos será condicionada à adaptação dos prédios para receber sem inconvenientes os deficientes físicos. A iniciativa é do TCU (Tribunal de Contas da União), e busca a garantia do acesso aos serviços públicos por uma parcela maior da população.

Rampas de acesso regulares, piso tátil e atendentes que se comuniquem em Libras (Linguagem Brasileira dos Sinais) são algumas das adaptações que o órgão irá exigir das entidades públicas, para que tenham suas prestações de contas aprovadas.

Conforme o Decreto 5.296, de 2004, os prédios públicos teriam até o final de 2008 para realizarem obras de adequação à acessibilidade. Porém, o que se pode verificar na maioria das edificações públicas é que nenhuma possui uma acessibilidade total.

Por isso, o TCU vai exigir de todas as obras feitas com recursos federais, a partir de 2012, que estejam adequadas às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A aprovação da prestação de contas dos órgãos avaliados só será aprovada pelo Tribunal, mediante apresentação de medidas de melhorias na acessibilidade adotadas naquele exercício.

Discriminação Étnica(3ºParte) Mauricio & Turma da Mônica


Porque apostar em acessibilidade é bom para o seu negócio



Curitiba ganhou uma opção gastronômica diferenciada nas instalações, no cardápio e no atendimento. O New York Café, localizado na XV de Novembro, é um estabelecimento especializado na culinária americana, com ambiente brilhantemente decorado e que apresenta um conjunto de soluções em acessibilidade de destaque.

Danile Pedrozo
Danile Pedrozo / Entrada do New York CaféEntrada do New York Café
Uma série de veículos de comunicação explorou a questão da acessibilidade como diferencial e esses veículos ficaram tentados a chamar o New York Café de “o primeiro café acessível de Curitiba”. Eu estive com Diele Pedrozo e Luiz Santo, proprietários do NYC, que me contaram detalhes da história do empreendimento e compartilharam posicionamentos que nenhum outro veículo explorou. 

Afinal, qual é a vantagem em apostar na acessibilidade de maneira séria e holística? Isso dá resultado? Por que fazer isso?
Nenhuma dessas perguntas foi levada em conta no momento de planejamento e idealização doNew York Café. As características inclusivas do empreendimento são resultado da vontade de empreender e abrir o próprio negócio, aliada à criatividade genuína da dupla proprietária, somada a uma visão de mercado. A motivação não foi orientada por legislações obrigatórias, mas sim porque a ideia é ser assim. O diferencial é esse.

Danile Pedrozo
Danile Pedrozo / Espaço interno do caféEspaço interno do café
Diele é professora e coordenadora do projeto Ver com as mãos, uma iniciativa artística e pedagógica do Instituto Paranaense de CegosLuiz é um chef apaixonado pela culinária americana, publicitário e tem na bagagem experiências profissionais em diferentes restaurantes do Brasil e do exterior. A união desses dois contextos proporcionou a idealização de um espaço em que “tudo é bom para todos”.
“A minha vivência com alunos cegos me aproximou do mundo da inclusão. Antes de abrirmos o café, eu já observava os obstáculos de acesso que pessoas com deficiência enfrentam e percebia que a vontade de frequentar, de sair, de participar existe, o que não existe é visão para que isso seja possível”, comenta Diele.
New York Café foi projetado não só para ter as portas dos banheiros largas, ou mesas em boa altura, ou rampas de acesso. É um espaço onde o cliente pode exercer o seu direito pleno de escolha e autonomia.

Danile Pedrozo
Danile Pedrozo / A equipe de atendimento é parte fundamental no projeto de acessibilidade do espaço.A equipe de atendimento é parte fundamental no projeto de acessibilidade do espaço.
“Quando trabalhamos no projeto da reforma do espaço, pensamos que cada detalhe deveria ser feito para que qualquer pessoa venha até nós e tenha total condições de ser um cliente autônomo e independente. Do momento da escolha do prato, ao pagamento da conta”, pontua a proprietária.
E nessa missão de oferecer meios de autonomia para qualquer pessoa, a criatividade torna-se uma grande aliada. O café já conta com cardápios em braile e caracteres ampliados, mas isso não é o suficiente para os criadores: “Estamos tentando encontrar alternativas tecnológicas para que o cliente com deficiência visual tenha ao seu dispor um cardápio em áudio, por exemplo, ou possa ouvir a descrição do ambiente do café”, ilustra Luiz Santo.

Atendimento personalizado

Outro pilar importante (até mesmo dentro do desenho universal de acessibilidade do café) é o treinamento que a equipe recebeu e que vem sendo aprimorado pouco a pouco. Para que um cliente com deficiência tenha uma experiência de autonomia, é essencial que quem o atenda também contribua para que isso aconteça e colocar essa ideia em prática pode parecer bem mais simples do que se parece.
Acessibilidade no atendimento
“A ideia de ter algo 100% acessível é um pouco distorcida. Isso vai depender da necessidade de cada pessoa. Nós respeitamos isso”. A declaração de Diele explica porque a equipe do café trabalhou não só em um projeto arquitetônico diferenciado, mas apostou também no treinamento dos atendentes.
Saber indicar a posição dos talheres, prato e copo a um cliente com deficiência visual, sugerir a mesa com estrutura mais adequada ao cliente cadeirante, atender ao deficiente intelectual sem qualquer diferenciação de tratamento e respeitando o seu ritmo de escolha, ou ainda, receber treinamento básico de LIBRAS.
Esse conjunto de diretrizes faz parte da prestação de serviços do estabelecimento. Ao perceber que teriam que trabalhar com um atendimento diferenciado, os fundadores notaram que o tempo de coleta dos pedidos corria o risco de ser mais lento, o que em partes, pode complicar o fluxo global da prestação de serviço. O risco foi incorporado ao New York Café e acabou se tornando um diferencial relevante. Para Diele "Os clientes notam essa postura dos atendentes e entendem isso".

Danile Pedrozo
Danile Pedrozo / Colaboradora do New York Café acompanha cliente com deficiência visual na entrada do caféColaboradora do New York Café acompanha cliente com deficiência visual na entrada do café
“Vamos imaginar que um atendimento a um cliente com deficiência demore duas vezes mais do que o normal. Se ele for bem atendido aqui, acaba voltando e com isso os atendentes passam a conhecê-lo pelo nome. É claro que isso é bom para qualquer pessoa e no fim das contas, todo cliente que é bem atendido volta e passa a ser chamado pelo nome. Por conta de tudo isso, não estamos sendo comparados a ninguém”, comemora Luiz.
Então vale a pena?
Alguns amigos já me perguntaram coisas sobre a invisibilidade da pessoa com deficiência. Quem tem alguma deficiência tem mais vergonha de sair? Por que não se vê tanta gente com deficiência na rua? Deficiente vai pra balada?
Retomando o questionamento: é uma boa escolha investir em acessibilidade, pensar nesse público, considerar a pessoa com deficiência como nicho de mercado e achar que isso é diferencial? Muita gente acha que não, inclusive professores acadêmicos, como um que barrou um trabalho de TCC que propunha uma iniciativa muito parecida com o NYC. Saiba os motivos da negação dele,clicando aqui.
Luiz e Diele apostaram e investiram na ideia, inauguraram um estabelecimento que tem uma série de vantagens competitivas únicas e tiveram uma exposição na mídia notável. Foram cerca de 7 reportagens, em veículos impressos, online e de televisão, depois dos 14 primeiros dias de funcionamento. Isso significa aparecer na mídia um dia sim, um dia não, por duas semanas.
Então você, meu caro empresário, ou gerente, que nunca nem pensou nisso, você está perdendo tempo e dinheiro.
Serviço:

New York Café

Rua XV de Novembro, 2916
De terça à quinta - Das 12h às 20h
Sexta e sábado - Das 12h às 22h
Domingos - Das 14h às 20h

NYC no Facebook: http://www.facebook.com/NewYorkCafeCwb

CHICO CÉSAR- RESPEITEM MEUS CABELOS, BRANCOS


FISIOTERAPIA EM QUEIMADOS

No caso de queimados, a Fisioterapia tem o seu papel fundamental de reabilitação. Saiba mais.
ABORDAGENS FISIOTERAPÊUTICAS

A queimadura promove alterações tanto locais como também sistêmicas, apresentando grandes variações na evolução do processo de reparação, as quais dependem da precocidade da intervenção terapêutica. O tratamento do paciente queimado envolve uma equipe multiprofissional, sendo que o tratamento fisioterapêuticos atua também de forma complementar as cirurgias, principalmente as enxertias. A conduta inicial a qualquer intervenção deve ser a realização de uma anamnese efetiva cuja finalidade é direcionar as condutas a serem realizadas, visando resultados eficientes.

AVALIAÇÃO

Antes de qualquer intervenção é necessário conhecer profundamente o paciente a ser tratado, inclusive seu estado psicológico, ou, a existência de algum prejuízo intelectual. A avaliação deve constar de quesitos indispensáveis para a efetivação de um protocolo de atendimento eficiente:


    Cabeçalho com os dados de identificação pessoal; Identificação de patologias progressivas;
    Identificação do tipo de acidente, agente causador, data, hora, local, traumas associados, inalação de fumaça ou gases, etc.;
    Data de internação e número de prontuário (para pacientes que foram hospitalizados);
    Identificação do local, tipo e profundidade da queimadura;
    Identificação do percentual da superfície corporal atingida;
    Avaliação respiratória;
    Avaliação articular e funcional dos segmentos envolvidos;
    Avaliação postural quando possível – servirá de complemento na avaliação funcional;
    Avaliação do estado emocional.


Após a avaliação devem-se analisar os dados coletados, formular um plano de tratamento e estabelecer metas a curto, médio e longo prazo.

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

A reabilitação do paciente queimado começa no momento em que o paciente chega ao hospital, sendo um processo sempre mutável, de preferência modificado diariamente. Se o trabalho for realizado por profissionais especializados e dedicados ao programa de reabilitação, o paciente queimado pode, certamente, retornar a uma vida produtiva. Para a maioria dos pacientes, a fase mais difícil de reabilitação ocorre após o processo de cicatrização das feridas. Após a avaliação inicial, o fisioterapeuta dará início à avaliação da capacidade do paciente em movimentar-se, e medirá a amplitude de movimentos disponível do paciente e se houve comprometimento em outros sistemas.

A fisioterapia e a reabilitação do paciente queimado, aponta três pontos nos quais os médicos devem salientar na reabilitação do paciente queimado:

1- Cuidado especial para as queimaduras da região da face, pescoço, pelas aderências que podem causar na cicatrização das queimaduras de terceiro e quarto graus,

2- queimaduras na região dos genitais que podem causar alterações na uretra, pênis e vagina, por destruição de tecidos nobres,

3- Queimaduras de mãos e pés, que podem deixar seqüelas de posições viciosas que, posteriormente, impeçam na recuperação, na obtenção de atitudes adequadas para o trabalho e para deambulação. A área da mão acometida por queimaduras requer uma avaliação mais detalhada, a fim de evitar contraturas ou deformidades que prejudique a qualidade de vida do paciente.

O fisioterapeuta precisa monitorar continuamente os sinais clínicos, para que sejam avaliadas as respostas cardiovasculares e respiratórias ao tratamento.

As metas para o tratamento fisioterapêutico de reabilitação são de acordo com o prognóstico e potencial do paciente. O fisioterapeuta tem que ter como metas:

    Obter uma limpa ferida por queimadura, para o desenvolvimento da cicatrização e aplicação de enxerto;
    Manter a amplitude de movimento;
    Iimpedir complicações ou reduzir as contraturas cicatriciais;
    Impedir complicações pulmonares; Promover total dependência na deambulação e a independência das atividades do dia a dia;
    Melhorar a resistência cardiovascular.

O exercício ativo é encorajado em todas as áreas queimadas. O exercício ativo tem início no primeiro dia. Outras formas de exercício só devem ser utilizadas apenas se a confusão, dor ou outras complicações impedem o exercício ativo. Todas as articulações, mesmo das regiões não queimadas, devem passar por exercícios ativos de amplitude integral.

A amplitude de movimentos ativos, são realizadas pelo menos três vezes ao dia. Os dispositivos resistidos podem ser usados nas áreas que não foram queimadas para a manutenção da força muscular.

O exercício pode lançar mão de dispositivos de treinamento de exercícios e do incremento da força, mas eles podem depender de modificações, com base no estágio do paciente e no estágio de cicatrização das feridas. O paciente deve ser encorajado a iniciar exercícios ativos que enfatizarão o sistema cardiovascular, como deambular, pedalar na bicicleta ergométrica, entre outros. Estes exercícios não só atuarão no sistema cardiovascular como irão aumentar a amplitude de movimento das extremidades e ajudarão muito na reabilitação respiratória.

A reabilitação na água tem uma importância relevante no tratamento:

    Os curativos são retirados e a pele está úmida. Se o paciente acabou de receber enxerto de pele os exercícios ativos e passivos serão suspensos por sete a dez dias. O paciente de queimadura precisará de toda uma vida de exercícios para impedir contraturas e perdas de movimentos.


POSICIONAMENTO

O fisioterapeuta irá atuar de forma que no momento em que a pessoa queimada estiver na fase de cicatrização ele possa posicioná-la de forma que a articulação se oponha ao efeito de encurtamento proporcionado pelo processo de reparação. Ele terá a preocupação de em pequenos espaços de tempo estar movendo o paciente de forma sutil, mas que permita a ele a alternância de posições, evitando assim, que em certos locais fique muito tempo parados ou que esquentem, diminuindo bruscamente a chance do surgimento de sequelas secundárias. A elevação dos membros queimados é de extrema importância porque atua na melhora do retorno venoso linfático, prevenindo assim, a formação de edemas no local.

CINESIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

As complicações pulmonares, após queimaduras graves, são de extrema relevância porque atingem uma porcentagem de 24% a 84%, causando mortes, principalmente por pneumonia, e, piorando drasticamente o quadro clínico do queimado.Dependendo da maneira como a vitima foi acometido pela queimadura, essas porcentagens podem se elevar mais ainda. As principais complicações, decorrentes na queimadura, no sistema respiratório são causadas por:

    Lesão por inalação: a grande concentração de gases como monóxido de carbono, dióxido de enxofre e hidrocarbonetos ao entrarem nas vias aéreas, causam danos nas mucosas respiratórias, podendo ser reversíveis ou não dependendo da quantidade de tempo que a vítima ficou exposta.

    Doenças restritivas: dependendo do grau pode causar pneumonia, edema pulmonar ou atelectasia. Complicações tardias: sendo as mais comuns, embolia pulmonar e edema pulmonar. Antes da execução do tratamento preventivo de patologia das vias aéreas, decorrentes das queimaduras, o fisioterapeuta deve fazer uma avaliação morfodinâmica, com o propósito de verificar através da ausculta pulmonar a presença de ruídos patológicos, bem como observar a expansão da caixa torácica.

A remoção das secreções acumuladas pela imobilização e o uso de aparelho respiratório são importantes preocupações do fisioterapeuta na área de queimados. A remoção do muco aderente (possivelmente infectado) exige a aplicação de três procedimentos básicos:

1º drenagem postural adequada,
2º técnicas manuais
3º exercícios controlados de respiração e tosse.

A atuação fisioterapêutica deve constar das seguintes técnicas:

1º desobstrução brônquica,
2º Drenagem postural,
3º reexpansão pulmonar
4º reeducação da função muscular respiratória.

CINESIOTERAPIA GERAL

A atividade física, quando o paciente ainda está em fase de recuperação, pode ser muito incômoda e dolorosa, mas a atividade física precoce para este individuo é de extrema importância para a manutenção da amplitude articular . A deambulação também deve ser iniciada precocemente a fim de proporcionar ao paciente a oportunidade de manter um contato social e exercitar os membros inferiores, evitando possíveis perturbações funcionais. Antes de iniciar qualquer tratamento precoce neste tipo de paciente, deve-se fazer uma análise criteriosa acerca de seus limites funcionais já existentes, para que os mesmo sejam respeitados. A massagem prévia, antes de qualquer manejo do paciente, servirá para aumentar a mobilidade tecidual, evitando assim mais danos, não só em áreas adjacentes à queimadura, mas, sim na própria região lesada.

O exercício é essencial durante a cicatrização de lesões por dois motivos. Primeiro pelo fato de estimular a circulação e, portanto aumentar o fornecimento de oxigênio. Segundo, o exercício promove tensão no tecido, direcionando assim a reestruturação do colágeno. A tensão excessiva no tecido neoformado pode promover o rompimento das novas fibras ou até mesmo a sua proliferação em excesso.

ELETROTERAPIA

As correntes elétricas atuarão neste tipo de cicatrização no que se diz respeito à recuperação da função motora perdida ou diminuída. O estimulo elétrico produzido pelo FES gera no local um aumento da atividade muscular por influência das propriedades morfológicas, fisiológicas e bioquímicas que estimularão o aumento da força muscular.

ULTRASSOM

Há um consenso no sentido de que o ultrassom pode acelerar a resposta inflamatória, promovendo entre os efeitos desencadeados por este processo, as liberações de histamina, de fatores de crescimento pela granulação de macrófagos, mastócitos e plaquetas, além de incrementar a síntese de fibroblastos e colágeno.

LASER

Este recurso é muito utilizado, quando a lesão por queimadura se encontra em aberto, porque ele bioestimula a regeneração da área através do reparo tecidual. A sua utilização é rápida, não invasiva e efetiva.

CRIOTERAPIA

O frio, quando é aplicado logo após a lesão, serve para aliviar a dor e diminuir a severidade, principalmente quando a lesão é de primeiro grau e segundo grau. Este método é muito eficiente e recomendável porque o resfriamento local é benéfico, visto que ele permite uma vasoconstrição, limitando o escape de plasma e a prevenção da hipóxia secundária e diminuição do metabolismo celular. A crioterapia pode ser utilizada neste tipo de tratamento com as seguintes finalidades:

    Minimizar a formação de edemas, bolhas e promover a analgesia;
    Auxilia no processo de cicatrização;
    Alongamento do tecido conjuntivo.


RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

As possíveis ações deste recurso estão relacionadas ao efeito bactericida atenuantes na cicatrização. Este recurso só é empregado, nesta fase, e ainda está em fase de estudo, mas, em todos os casos de infecções na área lesionada, houve melhora significativa na maioria dos casos.

RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

Este recurso é empregado para alivio da dor, aumento da mobilidade articular e reparo de lesões de tecidos moles. Os efeitos fisiológicos já catalogados pelos estudiosos deste recurso são:

    Vasodilatação,
    Aumento do fluxo sanguíneo,
    Aumento da leucocitose,
    Aumento da fagocitose,
    Aumento do metabolismo,
    Relaxamento muscular e de outras estruturas,
    Analgesia,
    Aceleração de cicatrização


O tratamento multidiciplinar na reabilitação de queimados é de extremamente importância.O tratamento fisioterápico deve incluir o encaminhamento a psicólogos para cuidar desse componente emocional, principalmente em relação às queimaduras acidentais em adolescentes e crianças, assim como o preparo para a cirurgia.
Fonte: Fabrini

LIMITAÇÃO NÃO É FALTA DE CAPACIDADE.........

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LIMITAÇÃO NÃO É FALTA DE CAPACIDADE.........
Recuar: JAMAIS Parar: NUNCA Avançar: SEMPRE
VOCÊ MERECE UMA ROTINA MAIS SAUDÁVEL...

Inclusão Social através do Esporte...... Tornou-se realidade em Cascavel-Pr
Basquete em Cadeira de Rodas (SNAKES sobre rodas)

Nos ajude, divulgando a todos da sua lista de contatos.
Parabéns Guerreiros, pelos treinamentos ontem no feriadão, 

Rumo ao XVII CEDEF em Cascavel-Pr, 30/11 a 02/12/2012;
Paraolimpíadas do Parana, em Londrina -Pr, este ano, data a ser confirmada;
2 Divisão Campeonato Paranaenses em 2013-Com Inicio 03/2013;
Estamos buscando novos atletas, hoje já contamos com 16 atletas

Então amigo,

Se você conhece alguém com deficiência, informe a ele, e faça com que ele tenha novamente QUALIDADE DE VIDA, e esquecendo que é deficiente, pois vontade de viver é conosco,mostrando a todos que somos capazes...
...........................
Todo Sábado no Ginasio de Esportes Sergio Mauro Festugado ( Ginásio Adaptado) das 14:00hrs as 17:00hrs

Quem pode participar: todas as pessoas com idade de 10 anos a 70 anos, que tenham deficiência.

Coordenado por Marco Antonio da Silva, através da ADEFICA - Associação das Pessoas com Deficiências de Cascavel.

OBJETIVO: Inclusão Social, 
Reabilitação Social(esquecer que é deficiente)
Congraçamentos(só festas, dar risada, viver de novo)
Rendimentos(Campeonatos Municipal,Regional, Nacional e Internacional).

Participe conosco.. 

Contatos MARCOS E mail adefica-cascavel@live.com
Fones (045)3035-5852 ou 9910-1554

Kenguru: o carro elétrico compacto para cadeirantes

Débora Spitzcovsky
http://super.abril.com.br/blogs/planeta/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super

Podem dar as boas-vindas aos usuários de cadeiras de rodas nos debates a respeito do melhor tipo de carro para se locomover nas cidades. Agora, os cadeirantes têm opção: a Community Car’s, empresa independente do Texas, nos EUA, desenvolveu o Kenguruveículo elétricoprojetado exclusivamente para esse público.
Compacto, o carro – que, segundo a fabricante, é o primeiro elétrico para cadeirantes a ser vendido no mercado – mede pouco mais de dois metros e é capaz de andar até 110 km, a uma velocidade de 45 km/h, sem precisar recarregar suas baterias de íon-lítio.
A principal diferença do Kenguru para os elétricos desenvolvidos para pessoas sem dificuldades de locomoção é que ele não possui banco de motorista, porque a cadeira de rodas é o próprio banco. Para entrar no carro, o usuário precisa, apenas, acionar a porta traseira por meio de controle remoto e pressionar uma alavanca. Imediatamente, uma rampa sai de dentro do carro e conduz o motorista – em sua cadeira de rodas! – para seu interior, em frente ao volante (entenda melhor no vídeo, abaixo). Na hora de dirigir, os comandos são todos dados com as mãos.
Por enquanto, o Kenguru é vendido, por US$ 25 mil, em apenas algumas regiões dos Estados Unidos e ainda não há previsão de exportação para o Brasil. Ainda assim, o carro serve deinspiração para outras empresas fabricantes de elétricos e é mais uma vitória para os usuários de cadeiras de rodas – além de, cá entre nós, ser o sonho de qualquer um que tenha dificuldades em fazer balizas para estacionar…
Foto: Divulgação/Kenguru
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