quinta-feira, 3 de maio de 2012

Casas muito especiais

Da http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/casaedecoracao/conteudo.phtml?tl=1&id=1250162&tit=Casas-muito-especiais


Soluções práticas e recursos tecnológicos adaptam residências às necessidades de pessoas com deficiências e quem se prepara para a chegada da melhor idade




A casa é o nosso refúgio. Tem que refletir a personalidade do dono, atender às suas necessidades, ser aconchegante e segura. A casa vive em contínua transformação, uma reforma ali, um móvel novo lá, na busca pelo que se considera o ideal de conforto. Mas as moradias de portadores de deficiência ou de quem está ficando idoso precisam de mais adequações.
Saiba mais
O arquiteto Ricardo Mesquita dá algumas dicas de como melhorar a acessibilidade de uma residência:
• Rampas devem ter entre 5% e 8% de inclinação e exigem corrimãos dos dois lados.
• As barras ao lado do vaso sanitário devem ter 75 cm de altura (em média).
• O ideal é que dentro do box do banheiro existam duas barras de apoio, horizontal para se levantar e vertical para se equilibrar. Há barras em L que cumprem as duas funções.
• Evite tapetes soltos, que não tenham o devido tratamento antiderrapante.
• Descarte materiais de acabamento como porcelanato, granito polido ou que, com o desgaste do uso, fiquem lisos, como ardósia, lousas e petit pavê.
• Prefira acabamentos como cimento desempenado (base para revestimentos), granito flameado ou apicuado e cerâmicas antiderrapantes.
O arquiteto e urbanista Ricardo Mesquita, militante da causa da acessibilidade, diz que falta conscientização. “As pessoas vêem a situação do deficiente como algo distante, não percebem que mesmo que não venham a ter limitações decorrentes de um acidente ou uma doença, vão envelhecer e, então, precisarão de uma estrutura planejada e segura”.
Acesso total
Imagine não poder ter acesso a uma parte da sua própria casa. Foi o que ocorreu com a empresária Mirella Prosdócimo, que sofreu um acidente e perdeu os movimentos do corpo do pescoço para baixo, há 20 anos. Em 2004, começaram as obras de adaptação da residência. Um dos pontos principais da reforma era permitir que Mirella pudesse usar o andar superior da casa. O problema foi solucionado com a instalação de um elevador que comporta a cadeira de rodas e um acompanhante. Todas as portas da casa têm, pelo menos, 80 cm de largura, permitindo a passagem da cadeira de rodas. Há rampas na entrada da casa e do elevador. O banheiro não tem box, apenas uma cortina, pois é mais prático e seguro. Os ambientes da residência têm poucos móveis.
A cama é mais alta que as convencionais e permite levantar e abaixar a cabeceira com controle remoto. O sofá não tem braço, assim, Mirella pode acomodar-se com mais facilidade.
mesa de refeições tem altura diferenciada para comportar a cadeira de rodas. Em toda a casa não há tapetes, permitindo o trânsito livre da cadeira.
Recém-casados
Quando solteiros eles nunca viveram em casas adaptadas. O técnico em informática Gilberto Yoshikazu Ozawa e a cantora Lucieni Pereirasão deficientes visuais desde o nascimento. Agora, recém-casados, estão empenhados em deixar o novo apartamento como sempre sonharam e equipado para a condição de ambos.
No quarto, todos os móveis – como guarda-roupa, mesas de cabeceira e sapateira – têm os cantos arredondados, bem como as portas e gavetas. No banheiro, também o mesmo cuidado no armário da pia. Para que a mesa de vidro fosse segura, eles escolheram um tampo espesso e pediram um acabamento moeda com bisautê, assim o contorno ficou suavizado. Na cozinha, as portas dos armários são basculantes. O casal conta que, quando está em casa, todas as portas ficam abertas para evitar bater a cabeça. Outra regra é jamais mudar móveis e objetos de lugar. A única dificuldade do casal está no uso doseletrodomésticos. Eles contam com equipamentos “amigos” de quem não enxerga, como o medidor de pressão com voz, termômetro que fala e um jogo de xadrez cujas cores das peças podem ser identificadas pelo tato.
Autonomia
Ao decidirem morar juntas, as irmãs aposentadas Irene e Olga Pchek concordaram que a nova casa deveria ser extremamente confortável, a prova de acidentes e com muita personalidade. Independentes e dinâmicas, elas queriam uma residência que lhes permitisse, mesmo depois de atingir a velhice, manter a autonomia que tanto prezam.
O sobrado antigo foi totalmente reformado pelo arquiteto Ricardo Mesquita. As portas são mais largas (80 cm), não há desníveis e os ambientes são todos integrados – nos dois andares. Nos banheiros, os acabamentos são em materiais antiderrapantes e a banheira dispõe de uma barra de apoio. O projeto prevê a instalação de um elevador e o piso já está rebaixado para comportá-lo. Neste espaço, por enquanto, há um jardim de inverno com pedras e vasos.
As irmãs não estão apenas preocupadas com o próprio futuro, mas também com o do planeta. Por isso, optaram pela iluminação zenital, que proporciona maior aproveitamento da luz natural. Um reservatório recolhe a água da chuva para que seja usada na lavação de calçadas e para regar a horta orgânica que cultivam no quintal.

Artigo de Masetto fala sobre TIC e os alunos de hoje na universidade.

A sociedade do futuro exige que seus cidadãos
sejam capazes de lidar com a complexidade, tanto
na vida particular como na vida profissional...
com problemas complexos e não muito claros a
partir de ângulos diferentes, apresentando soluções
inesperadas. Adquirir conteúdo deixará de ser a meta
principal da educação, que dará mais ênfase ao que
é significativo e relevante [...]. As escolas facilitarão
a aprendizagem para uma geração que sabe viver e
trabalhar em organizações e instituições nas quais
o conhecimento é intenso e onde tal geração terá
de depender da fl exibilidade e da adaptabilidade
para lidar com condições e situações que estão em
constante mudança. (VEEN; WRAKKING, 2009)


O professor precisa hoje adquirir a competência da
gestão dos tempos à distância combinado com o
presencial. Gerir o que vale a pena fazer pela Internet,
que ajuda a melhorar a aprendizagem, que mantém a
motivação, que traz novas experiências para a turma,
que enriquece o repertório do grupo.

Os ambientes virtuais aqui complementam o que
fazemos na sala de aula. O professor e os alunos
são «libertados» de algumas aulas presenciais e
precisam aprender a gerir classes virtuais, a organizar
atividades que se encaixem em cada momento do
processo e que dialoguem e complementem o que
estamos a fazer na sala de aula. (MORAN, 2005,
p. 79).

Fonte:
Lumiy´s Blog Visão e Percepção
http://lumiy.wordpress.com

Defensoria Pública de SP ajuíza ação para garantir que deficiente físico possa estudar próximo à sua residência


Rampa de acessibilidade


Em março, a Defensoria Pública de SP ingressou com um mandado de segurança perante a 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, na qual argumenta que o poder público municipal deve levar em conta o quadro pessoal de Givanildo para realizar a matrícula na escola perto de sua casa.
Givanildo Francisco do Santos quer voltar a estudar – mas a força de vontade, em seu caso, não basta. Aos 40 anos e deficiente físico – apresenta deformidade e encurtamento dos membros inferiores -, a matrícula na escola mais próxima de sua casa foi negada, sob o argumento de inexistência de vaga. A distância equivale a uma caminhada de cerca de 3 minutos.

Para chegar onde está matriculado atualmente, Givanildo deve pegar dois ônibus para cada trecho da viagem.

Em março, a Defensoria Pública de SPSite externo. ingressou com um mandado de segurança perante a 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, na qual argumenta que o poder público municipal deve levar em conta o quadro pessoal de Givanildo para realizar a matrícula na escola perto de sua casa. 

Para a Defensora Pública, Renata Flores Tibyriça, responsável pelo caso, “o poder público descumpre seu dever de disponibilizar educação a Givanildo, deixando de disponibilizar condições para que ele possa desfrutar desse direito fundamental”.

A Defensoria ainda aguarda a apreciação do pedido liminar pelo Juiz responsável.