quinta-feira, 22 de março de 2012

Mascotes terapeutas ONG busca mais voluntários e “cães amigos” para levar terapia e felicidade a crianças especiais e idosos


Gazeta do Povo

Fidelidade, amor incondicional, incapacidade de julgar. Com tantas qualidades, fica fácil entender porque os animais podem virar terapeutaspoderosos e servir como auxiliares na aplicação de técnicas de recuperação física e mental de pessoas debilitadas.
E foi exatamente a terapia assistida por bichos de estimação a maneira encontrada pelos voluntários do Instituto Cão Amigo & Companhia para levar um pouco de felicidade e carinho para aqueles que necessitam de atenção, como idosos e crianças com necessidades especiais.
 / As crianças especiais vencem dificuldades motoras na tentativa de se aproximar do animalAmpliar imagem
As crianças especiais vencem dificuldades motoras na tentativa de se aproximar do animal
demarço, Jupira Machado Teixeira, diz que o efeito das visitas dos animais às crianças é inacreditável. “Elas vencem dificuldades motoras e driblam a incapacidade na tentativa de se aproximar do animal, superam a timidez, e interagem com o grupo.”
Emoção
Duas vezes por mês, os cães amigos também “visitam” as moradoras do Asilo São Vicente de Paulo. A ocasião é esperada com entusiasmo pelas idosas, que raramente recebem visitas de familiares, e a animação se prolonga por vários dias. Com os cachorros, elas têm a oportunidade de manifestar carinho, distrair-se e acrescentar emoção à sua rotina.
Coordenadora do grupo que atende o asilo, a artista plástica Diana Zippin, diz que o cão resgata momentos felizes do passado. “Todo mundo já teve um cachorro que amou muito. São lembranças agradáveis que remetem à alegria da infância”. Segundo ela, o contato diminui o estresse, a depressão e a sensação de solidão. Os cães se tornam o assunto de interesse comum a todas elas e isso às leva a interagirem mais do que de costume.
Mais voluntários
Pedidos para novos atendimentos em escolas e asilos não param de chegar, mas faltam cães e colaboradores. Os pets participantes precisam ter saúde perfeita e serem 100% sociáveis. “Como os animais normalmente passam de colo em colo, são acariciados e até a levam uns puxões não intencionais, precisam ser muito dó­­­ceis”, explica Manuella. E mesmo quem não possui um animal pode unir-se ao grupo. A carência maior é de pessoas que possam dedicar-se ao projeto nos dias de semana e de profissionais das áreas da saúde e da educação, além de veterinários, que queiram fazer o acompanhamento dos animais.
Serviço:
Instituto Cão Amigo & Cia - Animais de Terapia (Curitiba e Florianópolis), www.caoamigo.org.br . Instituições hoje atendidas: Lar Lisa, Lar Amor Real, Fundação Iniciativa, Escola Especial Alternativa, Escola Especial Fênix, Escola Especial 29 de Março, Escola Especial Primavera, Asilo SãoVicente de Paulo, Asilo Recanto Tarumã e CEI Anita Merhy Gaertner.

Vira-lata paraplégica é operada e recebe doações em Campo Grande


Mel, de 3 meses de idade, teria sido agredida e perdeu movimentos.
Clínica já recebeu ração, fraldas, dinheiro e um andador para a cadela.


Cirurgia da cadela Mel durou cerca de 2 horas (Foto: Hélder Rafael/G1 MS) 
Do G1
A cadela Mel,de 3 meses de idade e que perdeu os movimentos das patas traseiras após ter sido agredida, passou por uma cirurgia na quarta-feira (21) em Campo Grande. Segundo a veterinária Ana Lúcia Salviatto, o animal está bem e recupera-se em uma clínica particular. A Polícia Civil investiga quem teria provocado os ferimentos na cachorrinha.
O procedimento levou 2 horas e foi feito pelo cirurgião ortopedista Thales Ovando, que descomprimiu a medula no local onde houve fratura na vértebra. De acordo com o médico, ainda não é possível saber se a cadela voltará a andar normalmente.
Mel deve ser submetida a outra cirurgia na pata traseira, em prazo médio de 15 dias, pois apresenta uma fratura na tíbia.
Devido à lesão na coluna, os membros inferiores de Mel ficaram paralisados. A cachorra continua recebendo medicação e vitaminas e já melhorou da anemia. “A Mel está clinicamente bem, está faceira, nem parece que passou por uma cirurgia. Essa operação vai aumentar a qualidade de vida dela”, diz Ana Lúcia. Mel ainda recebe complementos para fortalecer os músculos.
Doações
A veterinária Raquel Masae Hosokawa, que também acompanha o tratamento de Mel, conta que, nos últimos dias, a clínica recebeu várias doações de medicamentos, fraldas e ração, além de dinheiro, para auxiliar nas despesas do tratamento de Mel.
Doações deixadas na clínica para a cadela Mel (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)Fraldas e cadeirinha foram doadas para Mel
(Foto: Hélder Rafael/G1 MS)
"As pessoas nos procuram diariamente para saber como ajudar. Vamos fazer uma listagem de produtos necessários e também de custos, porque os médicos que atendem a Mel já estão prestando serviços com preço bastante reduzido", diz Raquel.
Como as chances de Mel voltar a andar são reduzidas, ela deve precisar de uma cadeira de rodas adaptada para poder se locomover. Um aparelho já foi doado, mas o tamanho é maior do que o necessário. A veterinária Ana Lúcia explica que o andador deve ser feito sob medida para o animal. Como a cachorrinha ainda é um filhote, ela vai precisar de pelo menos três cadeirinhas durante o desenvolvimento físico.
Investigação
No último sábado (17), a Polícia Civil interrogou o homem que levou a cachorrinha até a clínica. Em entrevista ao G1, ele negou envolvimento no caso, mas disse que presenciou a agressão. O homem, que preferiu não ter o seu nome divulgado, prestou depoimento à delegada Suzimar Batistela, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat).
Mel, vira-lata paralítica em MS, passa por cirurgia (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)Mel terá que ser submetida a outra cirurgia daqui a 15 dias (Foto: Hélder Rafael/G1 MS)